Friday, December 23, 2005

2005 – O ANO EM QUE TUDO VIROU...
... de novo!
E novamente o mundo virou de cabeça pra baixo! Um novo loop em minha vida, e novamente eu caí de cabeça no chão. Tenho que aprender a usar cinto de segurança daqui em diante, pois um tombo é sempre um tombo. Machuca e, por vezes, mata.
Mas, pra felicidade de alguns (e sempre a infelicidade de outros), cá estou eu, vivo! Seria exagero dizer inteiro, mas é pra coisas desse tipo que existe um produto muito útil chamado cola.
Só gostaria de saber onde coloquei o meu tubo de cola, tou precisando colar umas coisas...
Porém, pra eu colar essas coisas, eu tenho que encontrar uns pedaços que, na queda, acabaram se perdendo. Alguém viu um pedaço de bom senso? Oh, obrigado, mas esse pedacinho é apenas um dos meus vícios...
(é sempre assim, encontramos apenas aquilo que não queremos encontrar)
... mas valeu por ajudar. Bem ou mal, vícios fazem parte da gente. E atualmente não posso negar muita coisa de mim mesmo.
Me disseram uma vez que, depois de cada crise, nós mudamos violentamente. Não sei até que ponto isso é verdade, mas sei que, depois desse ano, nada mais será o mesmo. Principalmente pra mim. Tive mais um ano de perdas (como em 2002, onde perdi muita coisa), mas perdas mais... profundas. O tipo de perda que é impossível de se recuperar.
É foda perder uma amiga pra morte... muito foda...
Acabei perdendo uma pessoa, que pra mim foi tremendamente importante. Tudo bem que hoje eu falo que era uma crônica com final anunciado, era muito difícil de rolar algo, quase impossível.
É foda querer desafiar o destino...
Mais do que nunca, perdi a cabeça, e a minha própria vida esteve por um fio de faca. Tudo bem, seria mais limpinho fazer isso com remédios, mas felzimente ninguém aqui em casa sofre de distúrbios psiquiátricos ou psicológicos pra ter calmantes.
É foda querer se matar, voltar atrás e ver a merda que estava para ser feita (por mais que uma amiga minha tenha dito pra não me envergonhar, pois isso é perfeitamente normal em casos de depressão)...
Opa! Esse pedacinho é legal, são lembranças! Esse eu faço questão de colar! E no lugar certo!
Porém, diferente de 2002, esse ano teve lembranças muito boas, muito bonitas mesmo. Momentos magníficos, lindos pra caramba, que eu faço questão de carregar comigo.
Só espero que a pessoa responsável por boa parte desses momentos guarde essas lembranças num lugar especial também. Mas eu acredito que vai guardar sim...
Também foi o ano em que eu comecei a me preparar pra minha volta à Sampa. Cheguei à conclusão de que o meu tempo aqui acabou. Já estou passando dele, aliás. É hora de voltar pra Sampa e crescer um pouco mais. Como pessoa e profissional. E como tem gente me esperando em Sampa!
Pobres coitados, se eles soubessem o que os aguarda...
Enfim, fazendo um balanço do ano, foi um ano complicado. Triste pacas, principalmente o segundo semestre. Mas a vida é feita disso, anos bons, anos ruins. Vamos indo, tocando a vida. Meio como uma música do Almir Sater...
Não sei se vou escrever novamente até a virada do ano, mas fica aqui, de antemão, o meu Feliz Natal e Feliz Ano Novo para todos os meus leitores/amigos, desde os mais antigos até os mais novos, e que continuemos juntos ano que vem, seja aqui no blog ou ao vivo e em cores!
E deixo a letra do Almir Sater pra vocês verem... e pra eu ver também, quando estiver meio down...

Tocando em Frente – Almir Sater e Renato Teixeira

Ando devagar porque já tive pressa
e levo esse sorriso, porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei
Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs,
é preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir,
é preciso a chuva para florir.
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
compreender a marcha, e ir tocando em frente
como um velho boiadeiro levando a boiada,
eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou,
de estrada eu sou
Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs,
é preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir,
é preciso a chuva para florir.
Todo mundo ama um dia, todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história,
e cada ser em si, carrega o dom de ser capaz,
e ser feliz
Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs,
é preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir,
é preciso a chuva para florir.
Ando devagar porque já tive pressa
e levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história,
e cada ser em si carrega o dom de ser capaz,
e ser feliz.